Diretora de escola do Panambí garante que “não há fundamento em acusações”
A diretora da Escola Municipal Dom Aquino Correia, Rosana Cherigatti, procurou a redação da 94FM para dar sua versão em relação à matéria publicada pelo portal intitulada “Moradores do Panambí pedem saída de diretora de escola” no último dia 21. Acompanhada do seu advogado, Mario Julio Cerveira, mães de alunos e professora da mesma escola onde é gestora, Rosana Cherigatti garantiu que as acusações, vindas de fonte sigilosa, tem cunho político, uma vez que se aproximam novas eleições para o cargo.
“Nada do que foi dito é verdade. Muitos confundem meu senso de disciplina com autoritarismo. Sempre trabalhamos com o compromisso e dentro da democracia. De simples confraternizações ou até a adesão em greves, tudo é votado”, revelou.
Em relação à cliente, o advogado explicou que não há nada que desabone nem seu caráter e nem sua conduta moral. “A Rosana e sua família sempre foram pessoas bem quistas e tradicionais na comunidade do Panambí e estão sofrendo com as acusações”, explicou.
Já sobre o abaixo assinado recolhido por alguns moradores, as mães dos alunos alegam que os que assinaram foram ludibriados por pessoas de má fé. “Disseram que o abaixo assinado era para cobrar uma reforma na escola, mas usaram para outros fins. O documento nem tinha cabeçalho explicando o que era”, relatou uma das mães.
Com o compromisso com a verdade e com a imparcialidade nos fatos a 94FM abriu espaço para uma nota de esclarecimento. Leia abaixo na íntegra:
Comunidade do Panambi defende permanência de diretora
Em virtude da veiculação da matéria “Moradores do Panambi pedem saída de diretora de escola”, publicada no dia 20 de maio no site da rádio 94 FM de Dourados, a diretora da Escola Municipal Dom Aquino Corrêa, Rosana Cherigatti, vem a público esclarecer que às informações contidas na reportagem são inverídicas. A própria comunidade do distrito fez uma nota de apoio, em forma de abaixo-assinado, defendendo a permanência da diretora Rosana e externando que o pensamento dos pais, funcionários da escola, professores e moradores do Panambi não condiz com as informações veiculadas na matéria.
A diretora esclarece que o caso do aluno especial, revelado na matéria jornalística, foi levado pela representante legal do menor ao MPE (Ministério Público estadual), que, após análise criteriosa da denúncia por parte da promotora Fabrícia Barbosa Lima, na época titular da Promotoria da Infância e Juventude, decidiu pelo arquivamento dos autos Nº 253/2003, conforme consta no ofício 260/2014.
A diretora também foi inocentada no processo administrativo 316/2014, instaurado na época pela Secretaria Municipal de Educação de Dourados para averiguar os fatos. No relatório final do processo administrativo, a comissão processante concluiu que “não restou comprovado” o fato denunciado pela mãe do menor, conforme consta na folha 185 do processo disciplinar. No mesmo processo, a diretora sofreu apenas uma advertência, conforme narrado na folha 186.
A diretora Rosana relata que a mãe do menor, não satisfeita com o encaminhamento dado pelo MPE e pela Secretaria Municipal de Educação, registrou ainda um boletim de ocorrência no 1º DP em Dourados, acusando a educadora de agressão e assédio. A ocorrência foi encaminhada ao MPE e posteriormente a 2ª Vara do Juizado Especial da Comarca de Dourados, que no último dia 27 de março propôs a suspensão do processo mediante o pagamento de multa. De acordo com o termo proposto pela promotoria, a diretora aceitou e recolheu a multa. Desta forma, verifica-se que não houve sentença de condenação, como veiculado na matéria publicada pelo site da rádio.
Com relação à condenação alegada na notícia, a diretora revela que o processo não tem nenhuma relação com o caso do menor. O processo encontra-se em fase de recurso no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), comprovando que não há nenhuma condenação contra a educadora.
A diretora finaliza relatando que grande parte das acusações mencionadas na matéria tem cunho político, tendo em vista que se trata de período de eleições para diretores na rede municipal de ensino e “algumas pessoas não respeitam a democracia, usando de meios pejorativos para desabonar minha conduta profissional. Tudo que foi citado até o momento está documentado e anexado”, alega.
Ela informa inclusive que até mesmo o abaixo-assinado mencionado na matéria teria sido fraudado para enganar a comunidade, já que algumas pessoas com assinatura presente no mesmo relataram que o documento não possuía cabeçalho. Para colher às assinaturas, os autores alegaram que o documento seria usado para solicitar melhorias a escola. Para tentar levantar provas contra a diretora, o mesmo documento foi utilizado contra Rosana no processo administrativo e também na ação civil em trâmite no judiciário.