Depois de 2 horas de protesto, equipe de enfermagem que atende na UPA e no HV encerra manifestação

Os funcionários seguraram cartazes com frases pedindo respeito, dignidade, condições dignas de trabalho e o salário atrasado.

  • Karol Chicoski e André Bento
O ato foi pacífico e encerrou por volta das 08h30 --- Fotos Eliel Oliveira
O ato foi pacífico e encerrou por volta das 08h30 --- Fotos Eliel Oliveira

Os servidores de enfermagem da Funsaud (Fundação dos Serviços de Saúde de Dourados) que prestam serviços na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e no HV (Hospital da Vida) encerraram o protesto após 2 horas de manifestação.

Dezenas de pessoas se reuniram às 06h30 de hoje (11) em frente ao Hospital da Vida com cartazes para protestar os salários atrasados que vêm se alastrando desde outubro deste ano. Os funcionários  seguraram cartazes com frases pedindo respeito,  dignidade, condições dignas de trabalho e o salário atrasado.  O ato foi pacífico e encerrou por volta das 08h30. 

Os manifestantes explicaram que essa foi a única forma encontrada para mostrar o descontentamento com a Prefeitura de Dourados. 

Salários atrasados

A 94FM apurou que em outubro não receberam no 5º dia útil os funcionários com vencimentos acima de R$ 3.800,00. No mês seguinte, novembro, o atraso salarial afetou quem ganha a partir de R$ 3.300,00.

E já no início de dezembro a prefeitura declarou que deixaria 5% de seu quadro de trabalhadores sem o pagamento na data correta. Conforme divulgado pela administração municipal, só receberiam ainda sexta-feira (8) servidores com vencimento líquido de até R$ 5 mil.

Criada em 2014 para gerir a UPA 24 Horas (Unidade de Pronto Atendimento) e o Hospital da Vida, a Funsaud declarou estado de emergência financeira e administrativa em publicação do dia 17 de novembro do Diário Oficial do Município.

A alegação para suspender o pagamento de contratos pelo prazo de 180 dias foi a existência de dívidas que superam R$ 21 milhões, conforme relatado na portaria pelo diretor-presidente da Fundação, Américo Monteiro Salgado Junior.

Ainda de acordo com a publicação que declara estado de emergência financeira e administrativa na Funsaud, a dívida total é fruto de déficits com insumos e serviços hospitalares (R$ 17.929.707,42 a pagar) e impostos retidos (R$ 3.496.048,09).

Outra justificativa para a manifestação agendada pela equipe de enfermagem da Funsaud é a "não previsão do pagamento do 13º salário". Em nota divulgada na semana passada, o secretário municipal de Fazenda, João Fava Neto, afirmou que após o pagamento da folha de novembro haveria empenho para que o 13º fosse pago ainda no exercício financeiro de 2017.


Comentários
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  • fernando

    fernando

    obs: ninguém recebeu ate hoje 11/12