Conselho Municipal de Saúde quer interditar Pronto Socorro do HV
O Hospital já teria chegado a atender 35 pacientes num só dia
Na semana passada a 94FM trouxe á tona mais um caso que acabou em morte dentro do Hospital da Vida, em Dourados. Um paciente soropositivo com sinais de tuberculose morreu enquanto aguardava uma vaga na UTI. Dentro das mesmas 24h cinco pessoas perderam a vida com o déficit de vagas.
Segundo relatório do Conselho Municipal de Saúde, não há chuveiro para crianças no HV
Paciente soropositivo com tuberculose morre à espera de UTI no HV (veja vídeo)
Problema de falta de lençóis no Hospital Universitário existe há quase um ano
Segundo o último relatório do conselho municipal de saúde, o sistema é desumano para pacientes e profissionais, o que fará o órgão pedir a interdição do Pronto Socorro. O local tem capacidade para atender cerca de 10 pacientes, estava na última sexta-feira, com 29.
O Hospital já teria chegado a atender 35 pacientes num só dia. Ontem, três famílias de pacientes clamavam por socorro em frente ao hospital. Não havia vagas de UTI.
O hospital conta com um total de 74 leitos entre UTI e enfermaria. O PS, segundo a diretora do conselho, Berenice de Oliveira Machado Souza, se tornou espaço inadequado, porque com tantos pacientes, os profissionais tiveram que improvisar a forma de atendimento, que é precário.
Diversas irregularidades foram apontadas pela 94FM até o momento, além dos problemas de superlotação do HV, a própria Berenice levantou a questão da falta de lençóis no Hospital Universitário, que gerou polêmica após a morte do jovem Jean Michel Aguero Frazão, de 26 anos.
O rapaz sofreu traumatismo craniano, como as vagas de UTI do HV estavam lotadas, foi solicitada a internação no HU, que negou o pedido alegando falta de vagas.
Porém, no dia posterior a morte do motociclista, uma equipe do Conselho Municipal de Saúde foi até o HU e constatou que haviam seis vagas disponíveis na UTI. Quando questionados sobre a negativa do dia anterior, os funcionários do hospital disseram que foram obrigados a rejeitar o pedido de internação devido a falta de lençóis.