Com IML sem estrutura, delegados cogitam liberar corpo carbonizado
Autoridades vão discutir se deixam restos mortais em freezer comum ou liberam para família sepultar
A falta de estrutura do IML (Instituto Médico de Legal) de Dourados complica as investigações sobre o corpo encontrado carbonizado no porta malas de um carro incendiado na periferia da cidade ontem. Nesta sexta-feira (17), delegados da PC (Polícia Civil) vão discutir a possibilidade de liberar os restos mortais para a família que acredita ter vínculo com a vítima.
Embora a identificação da identidade da vítima ainda dependa de exames de DNA que pode levar 30 dias para ficar pronto, ainda ontem, quando o corpo foi encontrado, o fotógrafo Valmir Leite desabafou em redes sociais pela morte do filho, o advogado Valmir Leite Júnior, proprietário do Ford Fusion localizado em chamas pela PM (Polícia Militar) no bairro Estrela Verá, por volta das 06h30.
“Meu filho, Valmir Junior, foi encontrado morto em carro queimado.. Justiça”, publicou o possível pai da vítima. Mais cedo, a mãe do advogado informou que ele saiu de casa por volta das 08h de quarta-feira (15) rumo a Ponta Porã, onde apresentaria à Justiça um cliente que era foragido do regime Semiaberto. Embora tenha dito à família que ficaria na fronteira para as aulas do curso de medicina que fazia no Paraguai, ele não foi mais encontrado e o celular já estava desligado.
À 94FM, o delegado regional Lupércio Degerone informou que fará uma reunião com o delegado chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais), Matheus Zampieri, e o médico legista Guido Vieira Gomes, chefe do Núcleo de Medicina Legal de Dourados.
Nesse encontro, as autoridades vão decidir se há possibilidade de guardar os restos mortais da vítima num freezer comum, já que o IML local não dispõe da estrutura adequada. A outra alternativa seria liberar os restos mortais para a família sepultar.