Com falta de medicamentos, CCZ de Dourados está sem receber animais
Funcionários explicam que há duas semanas estão sem os medicamentos utilizados para realizar a eutanásia
Há duas semanas o canal de reclamações da 94FM passou a receber inúmeras queixas com relação ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Dourados. A população reclama que o órgão não está recebendo e nem recolhendo animais, com a alegação de que estão sem os medicamentos necessários para realizar da eutanásia (sacrifício dos animais).
Conforme a população, a restrição do CCZ pode culminar em um perigoso surto de leishmaniose na cidade, tendo em vista que os cães infectados com a doença podem contaminar os humanos de forma indireta. Um cachorro portador do problema pode ser picado por um inseto e este posteriormente pode transmitir a doença às pessoas.
A reportagem entrou em contato com o CCZ, que confirmou a falta dos analgésicos xilazina e ketamina. Estes medicamentos, após injetados, provocam uma súbita parada cardíaca e consequentemente a morte do animal. Conforme os funcionários, o processo é o menos indolor possível e é utilizado nos casos que não possuem mais solução.
De acordo com os funcionários (que não serão identificados a fim de resguardar a integridade laboral), a reposição dos medicamentos foi solicitada há meses atrás, quando ainda havia unidades em estoque, porém, até o momento nenhuma providencia foi tomada e não há previsão de quando o serviço será normalizado.
Ainda segundo os funcionários, quem possuir um animal doente e não tiver condições de realizar o tratamento em clinicas particulares, tem como alternativa comprar os medicamentos acima citados e levar ao CCZ juntamente com o animal enfermo, que será examinado, e dependendo do resultado a eutanásia será autorizada.
Porém, enquanto a prefeitura não tomar resolver o problema, a saúde e o bem estar da população douradense ficam comprometidos, sob o risco de um surto de leishmaniose e outros males transmitidos por animais.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Dourados na terça-feira (29), mas até o fechamento deste texto a administração municipal ainda não havia se manifestado.