Classe médica vai às ruas por melhorias na infra-estrutura e nas condições de trabalho (veja vídeo)

Manifestantes também defendem que médicos estrangeiros devem passar por teste de aptidão para poder atuar no Brasil

  • Alexandre Duarte

Na noite de ontem (03) a classe médica de Dourados aderiu ao movimento nacional e foi às ruas protestar contra a falta de infra-estrutura e as condições de trabalho inadequadas. Profissionais e acadêmicos do curso de medicina da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) marcharam pelas avenidas Marcelino Pires e Weimar Torres.

Outra bandeira levantada pelos manifestantes é com relação ao ‘revalida’, que a classe luta para que se mantenha obrigatório. Trata-se da prova que médicos de outros países devem fazer e passar para conseguir o registro profissional no país, para então poder atuar na área legalmente.

O assunto vem à tona após o anúncio do governo federal de que irá trazer cerca de seis mil médicos de cuba para o Brasil, com o objetivo de sanar parte do déficit de médicos, principalmente no interior do país.

A acadêmica do terceiro ano de medicina da UFGD, Letícia Teixeira, explicou que os médicos brasileiros costumam evitar trabalhar no interior, em virtude da falta de infra-estrutura, que é mais grave que nos grandes centros.

Já o diretor da faculdade de medicina da mesma instituição, professor Júlio Croda, falou que outro fator que desestimula a migração para regiões interioranas é a falta de estabilidade no emprego, em virtude da ausência de concursos públicos.

O diretor garantiu também que a classe não é contra a vinda de médicos de outros países, mas salientou a importância da realização de um teste, que avalie o conhecimento específico do profissional, como também o seu domínio da língua portuguesa, fatores elementares para o bom exercício da medicina, segundo ele.

Veja vídeo: