Câmara “lava as mãos” e entrega a questão dos manifestantes para Murilo

Presidente do legislativo municipal, vereador Idenor Machado, falou sobre o caso durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira (08)

  • Alexandre Duarte

O presidente da Câmara Municipal de Dourados, vereador Idenor Machado, disse à imprensa douradense na manhã desta segunda-feira (08), que entrega a questão dos manifestantes para Murilo Zauith. Segundo chefe do legislativo, a câmara já fez o que poderia ser feito e agora somente o prefeito pode colocar um ponto final.

Segundo Idenor, não há um bom diálogo entre a câmara e os manifestantes, pois segundo ele, o movimento não procura o legislativo para debater o assunto. “Não vejo razão também para os manifestantes ocuparem a câmara, o legislativo não pode deliberar sobre o assunto”, explicou.

Idenor disse que os manifestantes exigem uma solução imediata, mas ele explica que isso não é possível. “Fizemos o que poderia ser feito, realizamos a audiência pública para ouvirmos ambos os lados e tomar um norte. A audiência pública não define nada de imediato, mas serve para ter um rumo do que fazer. Agora temos que esperar”, complementou.

Questionado sobre o uso dos dependências da câmara pelos manifestantes, Idenor diz não ter conhecimento de nenhum dano ao patrimônio público, porém, ressaltou que ainda não conferiu pessoalmente as dependências após a ocupação.

Prejuízo

Mesmo com a casa em recesso, o presidente da câmara disse que a ocupação do plenário tem gerado prejuízos à sociedade. “Com a câmara ocupada, vários eventos sociais ficaram prejudicados. Na última sexta-feira já tivemos que mudar o local de um evento. Hoje a noite teríamos uma audiência pública aqui, mas teremos que realizar em outro local”, reclamou.

Ainda conforme o vereador, a câmara deve voltar do recesso no próximo dia 23 de julho. Até esta data os vereadores acreditam que a casa já terá sido desocupada. Caso contrário, Idenor disse que o legislativo ainda não tem um plano B.

“Caso chegue a próxima sessão e o plenário ainda esteja ocupado, ainda não sabemos o que fazer, ainda não temos um plano. Quando voltarmos do recesso e a situação ainda estiver do jeito que está, vamos nos reunir para ver que providencias iremos tomar”, finalizou.

A câmara entregou a questão nas mãos da prefeitura de maneira formal, através de um ofício assinado por todos os vereadores.