Após morte por leishmaniose em Dourados, CCZ diz que fiscalização vai continuar a mesma
O mosquito-palha, ou flebotomíneo, que transmite leishmaniose, gosta de lugares úmidos e escuros.
Depois que um morador de Dourados morreu vítima de leishmaniose visceral no dia 4 de fevereiro, muitas pessoas questionaram se a fiscalização na cidade vai aumentar, já que essa é a primeira vítima de 2018 em todo Mato Grosso do Sul.
Diante disso, a reportagem da 94FM entrou em contato com o Centro de Controle de Zoonoses para saber se o método de vistoria mudaria, e foi comunicada que o processo será o mesmo.
A única mudança do dia a dia, segundo a coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva é se tiver algum caso da doença registrado na cidade, aí o trabalho no local é intensificado. Como aconteceu no bairro em que a vítima morava, na Vila Erondina. Segundo Rosana, ao saber da morte, uma equipe fez o trabalho de fiscalização na região, porém, com maior número de pessoas, nos dias 14 e 15 de fevereiro, e após a inspeção, foram encontrados 17 estabelecimentos em situação crítica, com falta de higiene, dentro e fora dos mesmos.
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Questionada sobre a punição aos proprietários desses locais, a coordenadora explicou que primeiramente a pessoa responsável é comunicada para que faça a limpeza do ambiente propício ao mosquito-palha, ou flebotomíneo, que transmite leishmaniose, que gosta de lugares úmidos e escuros. Depois, se o dono não tirar toda a sujeita, será dado mais um prazo, de 15 dias, ainda sem sofrer nenhuma infração. E, é apenas depois desse período, se ainda não tiver feito a higiene, que o proprietário será multado em valores que variam de R$ 400 a R$ 1800. Caso esse mesmo ponto seja flagrado novamente com lixo, a multa será duplicada.
A coordenadora ainda ressaltou que cada cidadão deve fazer a sua parte, cuidando da limpeza do estabelecimento ou da própria casa.
Autorização da Secretária de Saúde
A 94FM só recebeu as informações depois que a Secretária Municipal de Saúde permitiu o CCZ a falar com a reportagem sobre o assunto, já que o Centro de Controle de Zoonoses não estava liberado para comentar sobre esse caso sem autorização.