Uruguai é o 3º principal destino de turistas brasileiros

Famoso por seus cassinos e praias, além da proximidade geográfica, o Uruguai se tornou um dos destinos favoritos dos brasileiros. O número de viajantes que saem do País e escolhem o vizinho como destino de viagem cresceu 13% entre 2010 e 2011, quase o dobro da alta registrada pela Argentina, de 7%, segundo dados do Ministério de Turismo do Brasil. O Uruguai já desbancou a França como terceiro destino mais procurado por brasileiros.

De acordo com o Ministério do Turismo do Uruguai, no primeiro trimestre do ano, o país recebeu 1.019.119 turistas, gerando uma receita de US$ 881.231.436. Destes, 102.884 eram brasileiros, segunda maior nacionalidade de visitantes ao país, atrás apenas da argentina. Com uma média de 6,3 dias de estadia, os turistas brasileiros gastaram por lá US$ 95.891.514 no período. Os destinos mais procurados foram Punta del Este, Montevidéu e o Litoral Termal, escolhidos por mais da metade dos turistas que passaram pelo Uruguai nos primeiros três meses do ano.

Fama de liberal

Uma série de leis aprovadas recentemente relacionadas a assuntos considerados tabu em outros países tem dado ao Uruguai a fama de liberal. A lei que descriminalizou o aborto nas 12 primeiras semanas de gestação foi aprovada em 2012, transformando o Uruguai no segundo país latino-americano a permitir a interrupção da gravidez. Recentemente também foi aprovada a Lei do Casamento Igualitário no país, que já está em vigor. De acordo com o guia de viagem voltado a homossexuais Spartacus International Gay Guide, o Uruguai é o país mais “amigável” aos gays em relação aos direitos dos homossexuais da América Latina.

Mas a lei uruguaia que tem gerado mais discussões ao redor do mundo ainda aguarda o aval do Senado para entrar em vigor. No final de julho, com a aprovação na Câmara dos Deputados do projeto de descriminalização da maconha, o Uruguai ficou mais próximo de se tornar o primeiro no mundo a assumir o controle de todo o processo de produção e venda da droga.

Preocupado com a possibilidade de um turismo voltado à droga, o governo uruguaio estabeleceu como condição primordial para o registro a residência no país. “É uma preocupação central não gerar um turismo canábico, e há, no Uruguai, um compromisso para que nossas políticas soberanas não impactem negativamente em outros países vizinhos e nem contradigam suas políticas”, declarou o diretor da Junta Nacional de Drogas, Julio Calzada.

Economia

Em relação à economia, de acordo com o Banco Central do Uruguai (BCU) o produto interno bruto (PIB) do país cresceu 3,9% em 2012, após uma expansão de 6,5% no ano anterior. Ao longo de 2012, o BCU elevou sua taxa básica de juros em 50 pontos-base, para 9,25%, depois de elevações de 225 pontos-base em 2011. Dados mais recentes indicam que a inflação no Uruguai aumentou 0,77% em julho, acumulando 8,75% no período de 12 meses.

A estimativa do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do BCU é de que a economia do Uruguai cresça 4% em 2013, 0,1 ponto percentual mais do que no ano passado. Ainda de acordo com o órgão, o crescimento da economia uruguaia tem sido admirável desde a crise de 2002. O FMI atribui este crescimento a políticas macroeconômicas prudentes, reformas institucionais e fatores externos favoráveis. No entanto, a “prudência econômica” destacada pelo FMI não impediu o Uruguai de sofrer os efeitos da recente disparada do dólar, que já acumula 14,15% de alta em relação ao peso uruguaio. Atualmente, US$ 1 vale 22,23 pesos, e R$ 1, 9,37 pesos.