Após assalto, comerciante faz velório e sepulta segurança pública

  • A Tarde
O comerciante realizou um velório e sepultamento simbólicos contra a falta de segurança no município (Souza Andrade)
O comerciante realizou um velório e sepultamento simbólicos contra a falta de segurança no município (Souza Andrade)

Um fato inusitado chamou a atenção dos moradores de Jequié (a 364 quilômetros de Salvador) nesta quarta-feira, 22. Após ser assaltado, o comerciante Renê Willians, dono do supermercado Avistão do Barateiro, no bairro do Curral Novo, indignado, promoveu um ato de repúdio contra o poder público do município. Renê realizou o "velório e o sepultamento da segurança pública".

O empresário convocou moradores e outros comerciantes do bairro para participar do velório ocorrido na frente do seu estabelecimento, seguido do sepultamento no Cemitério São Sebastião, no mesmo bairro. A atitude foi tomada após ter tido R$ 28 mil roubados por dois criminosos armados, na última segunda-feira, 20, próximo ao supermercado.

De acordo com o site Jequié e Região, quem passava pelo local podia ver o velório acontecendo no passeio do estabelecimento.

Segundo o site, Renê informou que a polícia demorou 1h50 para chegar ao local. Depois do roubo o comerciante decidiu encerrar as atividades do único correspondente bancário do bairro, que funcionava em seu comércio.

O portal A TARDE tentou contato com o proprietário do estabelecimento, que não quis se pronunciar sobre o ato de repúdio, afirmando apenas que já havia prestado queixa na delegacia local.

Assaltos

Os comerciantes do bairro Curral Novo têm sentido dificuldade para trabalhar no local. "Meu supermercado já foi assaltado três vezes. A última vez foi no carnaval. Na ocasião levaram R$ 100, um celular novo e umas 50 camisinhas", afirmou a comerciante Jacqueline Barreto Melo, dona do Supermercado Mercatudo, que fica ao lado do estabelecimento de Renê.

Sobre o protesto, a comerciante diz que achou válido: "O Curral Novo está precisando de policiamento. Os criminosos roubam o celular dos estudantes. Eles passam de moto e puxam o celular, contou Jacqueline.

A equipe de reportagem do portal A TARDE tentou contato com o delegado titular do município, mas até a publicação desta matéria, não obteve sucesso.

Comentários
Os comentários ofensivos, obscenos, que vão contra a lei ou que não contenha identificação não serão publicados.