Apenas 5,7% das barragens do Brasil receberam vistorias, diz ANA
A tragédia em Mariana (MG), que matou seis pessoas até agora, não foi um episódio isolado.
Segundo relatório da Agência Nacional das Águas (ANA), apenas 5,7% das 15 mil barragens do País receberam vistorias entre 2012 e 2014. Dessas, somente 14% têm um nível de risco capaz de ser identificado. Entre essas obras, 577 unidades (ou 27,5%) têm alto risco.
A fiscalização das barragens é compartilhada, sendo os órgãos estaduais responsáveis pelas obras destinadas a resíduos industriais e rios do próprio Estado. Já a ANA acompanha as obras feitas em rios federais.
Rejeitos minerais ficam a cargo do Departamento Nacional de Produção Mineral; as barragens para geração de energia devem ser analisadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica.
Segundo a ANA, o ano passado foi o de maior número de acidentes desde 2011, quando teve início o acompanhamento da agência. Foram cinco acidentes com nove mortes.
Das 15 mil barragens brasileiras, 89% são para uso múltiplo de água.
O relatório aponta, contudo, que o número de vistorias vem crescendo - aumentou 83% entre 2013 e 2014.