Antes de ser estuprada e morta, menina ligou para família pedindo socorro
A jovem Elainne Cassyane dos Santos, 13 anos, ligou para os familiares e pediu socorro antes de ser estuprada e assassinada na região de Apucarana, no interior do Paraná. O corpo da adolescente foi localizado no último domingo (08) e os detalhes de como ocorreu o crime foram divulgados na terça-feira (10) pela Polícia Civil.
Segundo a delegada-adjunta da 17ª Subdivisão Policial, Iane Cardoso do Nascimento, dois adolescentes foram apreendidos em Cambira suspeitos de envolvimento com o homicídio. A vítima teria sido abordada pelos rapazes em Cambira, quando retornava para casa, após visitar amigos em Apucarana.
Um dos menores de idade teria dado uma “gravata” na garota, quando ela estava embaixo de uma árvore, esperando a chuva passar. Em seguida, a dupla obrigou a jovem a ir a pé até uma plantação de soja. Antes de ser violentada e morta, no entanto, a garota ainda conseguiu ligar para a família com seu celular, pedindo socorro.
A adolescente, após ter sido estuprada, foi assassinada por asfixia mecânica (enforcamento) e teve o corpo jogado em um riacho nos fundos de uma fazenda. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a garota teve o intestino perfurado e que ela morreu 72 horas antes de o cadáver ser localizado.
"Inicialmente os infratores confessaram a participação no crime sem mostrar qualquer tipo de arrependimento, mas depois um deles voltou atrás e disse que um terceiro rapaz, já maior de idade, teria participado da situação", afirmou a delegada para o site TNOnline.
O telefone celular da vítima ainda não foi localizado. Segundo a polícia, as investigações relativas a esse caso ainda prosseguem, para apurar se uma terceira pessoa participou da violência sexual, consumada com requintes de crueldade, seguida de homicídio.
"A impunidade, sem dúvida, favorece a ocorrência desse tipo de crime, que ao ser praticado por menores é classificado como ato infracional. No caso desses dois adolescentes apreendidos em Cambira, envolvidos em ato infracional de tamanha gravidade, o Judiciário deverá determinar medida sócio-educativa restritiva de liberdade durante apenas três anos, ou seja, a penalização é muito branda em relação à gravidade do ato praticado", avalia a delegada.
Iane lembra que um dos adolescentes, suspeitos de ter cometido o homicídio, chegou a ser apreendido em dezembro de 2014, após tentativa de estupro também registrado na Avenida Itália, em Cambira.
O corpo da adolescente assassinada foi sepultado anteontem, em Ivatuba, na região de Maringá.