Marçal pede melhoria no serviço de alta complexidade em Dourados
A crise na saúde de alta complexidade em Dourados se agravou nas últimas semanas e o vereador Marçal Filho (PSDB) pede que o município tome providências com urgência para não prejudicar ainda mais a qualidade do atendimento oferecido aos pacientes. A oncologia é uma das mais afetadas, mas os problemas também atingem a cardiologia e a hematologia.
Desde a semana passada pacientes que vão iniciar tratamento de câncer e que precisam de internação são encaminhados ao Hospital da Vida, unidade referência para toda a região em serviço de urgência e emergência, vive superlotada e que passou a disponibilizar de forma improvisada 20 leitos para oncologia.
Marçal entende que os problemas da alta complexidade vêm de administrações passadas, mas que solução deve ser tomada com urgência para não prejudicar pacientes de Dourados e de toda a região, compreendendo uma população de pelo menos 800 mil habitantes.
Grupo médico responsável pela cardiologia no Hospital Evangélico, unidade particular e que há muito tempo mantém convênio com o Sistema Único de Saúde (SUS) anunciou mudança para o Paraná. Dourados corre risco de ficar sem esse atendimento. A oncologia, que era ofertada pelo mesmo hospital, passará para Cassems, porém, conforme anunciou a prefeitura, só vai ofertar o serviço nos próximos quatro meses. Enquanto isso o Hospital da Vida abrigará os novos pacientes. Os antigos continuam no Evangélico até receberem alta médica.
Pacientes que realizavam tratamento de doenças do sangue (hematologia) no Evangélico estão sendo encaminhados para Campo Grande, que tem recusado atendimento. "Tudo isso é muito grave e precisa ser debatido com os governos estadual e federal. Não podemos deixar os problemas aparecerem para só depois buscar uma solução", diz o vereador.
Marçal tem alertado que a saúde tem que ser tratada como prioridade, a começar nas unidades básicas espalhadas pelos bairros. Pacientes reclamam da ausência de médicos e da dificuldade de agendar uma consulta quando adoecem. Por outro lado, profissionais questionam a falta de materiais para o trabalho.
Isso tem provocado reflexos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), cada vez mais referência em atendimento básico. Como a procura passou a ser grande a espera para consulta torna-se demorada. Marçal lamenta a cogitação da Secretaria de Saúde de encerrar atendimento noturno em quatro postos em regiões estratégicos da cidade. Para o vereador, é inadmissível a proposta de enxugar recursos na base, pois se isso ocorrer, automaticamente cresce a demanda na UPA e nos hospitais públicos da cidade e o custeio da saúde pública fica ainda maior.