Sindicato convoca servidores para discutir falhas do prefeito em assembleia na prefeitura
Sem reajuste salarial e efetivação do PCCR (Plano de Cargos Carreiras e Remunerações), compromissos que o prefeito Murilo Zauith (PSB) não cumpre mesmo após a data prevista, 1º de junho, servidores públicos de Dourados foram convocados por um dos sindicatos que os representa para discutir as falhas do gestor público justamente na prefeitura.
Em meio ao descontentamento geral do funcionalismo público, que cogita até mesmo deflagrar greve, a assembleia extraordinária convocada pela presidente do Sinsemd (Sindicato dos Servidores Municipais de Dourados), Rosa Helena Catelan, deve acontecer no Anfiteatro da Prefeitura Municipal, na Rua Coronel Ponciano n.º 1780, Parque dos Jequitibas.
Embora tenha sede própria, o Sinsemd levará seus filiados para decidir o que fazer diante da inoperância do prefeito onde a administração municipal tem total controle. A decisão preocupa alguns sindicalizados, que alegam perda da privacidade da categoria para deliberar, eventualmente, sobre a deflagração de uma greve por tempo indeterminado, como fizeram os educadores, organizados pelo Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação de Dourados).
Publicado na edição de segunda-feira (27) no Diário Oficial do Município, o edital de convocação da assembleia extraordinária do Sinsemd agenda para a próxima segunda-feira, dia 4 de julho, o encontro dos servidores públicos municipais filiados ou não filiados.
A primeira chamada está prevista para 17h30, “observado o quórum do artigo 51º do Estatuto Social”, que prevê “a presença da maioria absoluta dos sindicalizados em dia com suas obrigações sindicais”, ou em segunda chamada a ser realizada 30 minutos após a primeira, “com o número de filiados presentes”.
A pauta prevista para essa assembleia é deliberar a respeito de informações “sobre aprovação e implantação do Plano de cargos, Carreira e Remuneração dos Servidores Públicos Municipais de Dourados, Lei Complementar n 310 de 29 de março de 2.016’.
Essa lei, aprovada no dia 28 de março pela Câmara de Vereadores, foi sancionada no dia seguinte pelo prefeito Murilo Zauith. Como destacou o gestor municipal na ocasião, a medida deveria beneficiar com valorização profissional e salarial 1,7 mil trabalhadores de diversas categorias do funcionalismo público municipal.
No entanto, embora essa lei estabelecesse que Zauith deveria começar a pagar os aumentos e promoções em junho, a mais recente informação repassada pelo prefeito é de que os benefícios só serão concedidos a partir de novembro deste ano. Na educação, que tem o Simted como representante, essa falta de compromisso gerou a greve deflagrada na quinta-feira (23).